9º Encontro da Rede SP de Memória e Museologia Social
A Rede SP de Memória e Museologia Social convida a todas e todos para participar do nosso 9º (RE)Encontro! Após realizar encontros em Campinas, Indaiatuba, São José dos Campos, Itu e Porto Feliz agora é a vez de tecer novos laços no município de Caçapava, localizado no Vale do Paraíba, entre São José dos Campos e Taubaté.
A REMMUS-SP, criada em 2014 com o objetivo de favorecer a colaboração entre comunidades, trabalhadores, estudantes e educadores dedicados a iniciativas cidadãs no campo da memória e do patrimônio, mobilizar e potencializar ações, projetos e iniciativas orientadas de forma colaborativa e participativa, volta ao Vale do Paraíba com o objetivo de continuar estimulando a criação de laços e afetividades entre agentes e iniciativas, a fim de torná-las mais fortes e resistentes no atual contexto em que as poucas políticas públicas voltadas à preservação das memória e patrimônios relacionados à cultura popular e à museologia social existentes encontram-se sob ameaça.
Dentre as e os moradores de Caçapava, conhecidos como “taiadas”, encontra-se a senhora Darcy Breves de Almeida. Há décadas dona Darcy coleta histórias e objetos sobre os lugares, memórias, costumes, crendices, rezas, festas, enfim, sobre os diversos testemunhos culturais da população da cidade de Caçapava. Por conta disso, tornou-se uma guardiã de memórias, o que podemos observar em seu livro “De Já Hoje” e também no Espaço Cultural “De Já Hoje”, um museu-casa, ou “ecomuseu”, como ela mesma afirma, que criou intuitivamente e sabiamente em sua residência.
O Espaço Cultural “De Já Hoje” sediará o 9º Encontro da REMMUS-SP, onde teremos uma programação especial que contemplará uma visita ao espaço, um almoço caipira, diálogos entre membros da rede e sobre seus princípios e formas de atuação. Além disso, contaremos com a participação especial de duas folias de reis: a “Folia de Reis da Mantiqueira” (Taubaté) e a “Folia de Reis da Paróquia Nossa Senhora da Esperança” (Caçapava), que encerrarão o encontro.
Sobre Caçapava
A origem indígena de Caçapava é indicada por seu nome, originado da língua tupi, onde ka’a = mata e asapaba = passagem, ou seja, “passagem na mata” ou “clareira”. O município começou a ser colonizado no século XVI, após Mem de Sá (3º Governador-geral do Brasil, enviado pela Coroa Portuguesa) explorar a região. Posteriormente, jesuítas liderados pelo padre José de Anchieta fundaram missões para converter os indígenas à sua fé e cultura. Os aldeamentos surgidos nessa época deram origens a várias cidades (São José dos Campos, Taubaté, Queluz etc). Após o contato, as nações indígenas passaram por processos de etnocídio (destruição de sua cultura) e genocídio (extermínio parcial ou geral das comunidades), mas muito de seus costumes permanecem na cultura do Vale do Paraíba.
Com a colonização da região, o território foi dividido em fazendas, e Caçapava surgiu através de dois diferentes núcleos. O mais antigo foi um vilarejo que se desenvolveu em torno da capela Nossa Senhora d’Ajuda, construída em 1705 nas terras da fazenda do capitão Jorge Dias Velho. A chamada “Caçapava Velha” foi elevada ao status de freguesia em 1813, de vila em 1850 e de município em 1855.
No século XIX tornou-se zona cafeeira e, com a crise do café, nas primeiras décadas do século XX, entrou em um período de estagnação econômica. Em meados do século começa a se recuperar economicamente com o cultivo de arroz e a produção de leite. Associadas com à produção industrial, expandida na região durante a década de 1970, a agricultura e a pecuária compõem a base econômica do município.
Data: 06/04/2019, das 9 às 16 horas.
Local: Espaço Cultural “De Já Hoje”.
Endereço: Rua Coronel João Moreira da Costa, 261, Vila Rezende, Caçapava/SP.
Obs.1: O café da manhã será coletivo. Pedimos que tragam algo [gostoso!] para compartilhar.
Obs.2: O almoço será feito pela Dona Darcy e algumas parceiras e cada participante dará uma contribuição.
